"...que a arte de ler está morrendo muito aos poucos, que é um ritual intimo, que um livro é um espelho e só podemos encontrar nele o que carregamos dentro de nós, que colocamos nossa mente e alma na leitura, e que esses bens estão cada dia mais escassos."
Ao ler esta frase perdida nas ultimas folhas de A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón, enquento as lagrimas ainda insistiam em rolas, me perdi pensando em como o hábito da leitura está se perdendo. Não sei bem em que momento da minha vida eu percebi que a leitura manteria a minha sanidade, só sei que no natal de 1993, eu deixei minha mãe em prantos quando pedi uma biblioteca igual a da Bela e a Fera. Nunca entendi a minha fascinação por livros, talvez fosse alge hereditário que eu tenha herdado da mamãe, talvez seja porque os livros me permitem esquecer por algumas horas essa vida horrorosa e solitária que eu vivo, talvez eu nunca chegue a saber o porque.
A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón é um romance daqueles que quando se lê a primeira linha não consegue parar até chegar a ultima. Conta a história de Daniel Sempere, que depois de descobrir aos 10 anos um romance de um escritor desconhecido, Julian Carax, dedica a vida a descobrir quem era Julian Carax e porque alguem está misteriosamente queimando seus livros. "Numa narrativa de ritmo eletrizante, que mistura gêneros como o romance de aventura de Alexandre Dumas, a novela gótica de Edgar Allan Poe e os folhetins amorosos de Victor Hugo, Carlos Ruiz Zafón mantém o leitor em estad de contínuo suspence. Ambientado na Espanha franquista da primeira metade do século XX, entre os ultimos raios de luz do modernismo e as trevas do pós-guerra, A Sombra do Vento é uma obra sedutora, comovente e impossivel de largar. Uma grandiossa homenagem ao poder místico dos livros." Nas minhas palavras, o melhor livro que eu já li. Sinto que poderia lê-lo todos os dias e mesmo que conhecesse o livro de cabo a ravo, ainda choraria no final.
Depois das primeiras páginas de um livro, ele se torna seu melhor amigo. Depois das ultimas, você sente que se larga-lo terá de retornar a realidade e confrontar um mundo mediocre, do qual você não faz mais parte. Um livro pode mudar seua vida, seu modo de pensar, de enxergar o mundo, um livro te traz paz, traz a esperança de volta, te faz sentir vivo, mesmo que por pouco tempo. Talvez seja disso que o mundo precisa, ter esperança, ler mais, acreditar que mesmo que as coisas estejam dificeis, elas vão melhorar. Talvez seja eu quem tenha que acreditar nisso. Os livros me libetam, me levam a lugares onde eu não posso ir.... É, acho que eu preciso mesmo de um pscicologo.
Eu hoje os deixo, os meus poucos leitores, com o pedido de que leiam mais, que acreditem mais nas coisas boas, acreditem na esperança, quem continuem acreditando em mim. E que não me deixem, pois é agora que preciso de vocês.
Atenciosamente, a escritora mais deprimente, enrolada e sentimental que vocês poderiam conhecer.
;@
sábado, 25 de outubro de 2008
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